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Morar no Barco

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Morar ancorado pode custar menos que o aluguel de um quarto e sala na Zona Sul. Famílias deixaram suas casas e vivem em barcos na Marina da Glória.


Dany Golberg. “Às vezes, estou lendo num silêncio total e é o barulho de uma tainha pulando na água que me distrai ”, brinca
Foto: Leo Martins / O Globo
Dany Golberg. “Às vezes, estou lendo num silêncio total e é o barulho de uma tainha pulando na água que me distrai ”, brinca Leo Martins


RIO - Em dezembro de 2011, Leonardo Eloi deixou o confortável apartamento que dividia com dois amigos em Jacarepaguá para viver num pequeno veleiro ancorado na Marina da Glória. Após trabalhar por seis anos numa multinacional de consultoria com sede na Barra, ele havia acabado de assumir um cargo na ONG Meu Rio, localizada na Glória. Com a mudança para o novo escritório, Leonardo, que estava acostumado a chegar ao trabalho em dez minutos, de carro, havia passado a perder até três horas de seu dia no trânsito.
— Era um suplício. Em um mês, vi que não iria aguentar aquela rotina — lembra.
A solução seria mudar para a Zona Sul. Leonardo começou a desbravar os classificados, mas se deparou com os preços inflados do mercado imobiliário carioca. Além disso, a falta de um fiador e a dificuldade de encontrar alguém para dividir o aluguel o deixaram a ver navios.
Naquela época, Leonardo foi a um churrasco num terraço na Glória. Desolado, contemplou, após algumas cervejas, os barquinhos repousando na Marina. Lembrou-se, então, que o pai de um amigo presente na mesma festa estava vendendo um antigo veleiro:
— Eu costumava velejar com eles desde criança. Foi o momento da epifania, do “eureca”. Na mesma noite, acertamos um preço.
No dia seguinte, ele foi até a Marina da Glória investigar se o plano era viável. Lá, ficou sabendo que poderia, sim, ancorar o barco permanentemente num píer, a um custo mensal de R$ 31 por pé, unidade de medida náutica, que equivale a 30,48 centímetros. Satisfeito, calculou que pelo seu novo barco, de 26 pés, gastaria R$ 806 por mês. Além disso, teria acesso a água potável e eletricidade. O mar, concluiu, seria o terreno perfeito para uma mudança de vida.
— Decidi associar um novo momento profissional a um novo tipo de moradia. Não sabia quase nada de vela, mas dei um jeito. Daquele cara engravatado, só sobrou o relógio de pulso — conta Leonardo, que aprendeu vários nós de marinheiro e outras técnicas náuticas consultando sites especializados no assunto.
Para aliviar a solidão que vitima até os mais experientes marujos, ele ganhou, há dois meses, a companhia de um amigo recém-divorciado, com quem tem dividido o barco. Nos fins de semana, os dois levantam âncora e içam as velas em passeios pelo litoral carioca.
Uma aventura que preferem evitar, porém, é a preparação de refeições na mínima cozinha do barco. Leonardo come na rua e lava as roupas numa lavanderia no Catete. O veleiro tem televisão, aparelho de ar-condicionado e frigobar. Mas o charme fica por conta de um projetor que transforma o pano da vela em tela para assistir a filmes sob o teto de estrelas. Propulsor de conquistas românticas, é um dos únicos itens “supérfluos” que guarda.
— Minha antiga casa não cabia no barco. Acabei doando muitas coisas para amigos. Costumo dizer que a vida aqui é minimalista.
Em outro píer da Marina, o psicanalista Dany Goldberg desfrutava da manhã de um sábado em seu veleiro. Mais espaçosa, a embarcação conta com dois cômodos, um banheiro e uma cozinha. Cada móvel ou equipamento ali é adaptado e otimizado de acordo com as restrições de espaço, um dos primeiros desafios que o tripulante tem que enfrentar. Familiarizado com o mar desde cedo — já teve caiaque, bote inflável e outro barco —, ele elogia a segurança da Marina e se diz um apreciador da “vida técnica” cultivada pelos que moram no mar.
— A manutenção do barco é toda artesanal. Aqui há sempre algo para consertar, é preciso gostar disso. Já ouvi muita história de barco abandonado por caras que não se acostumam.
Já faz dois anos e meio que ele está na Marina. Antes, pagava R$ 600 num quarto e sala em Botafogo. Quando o contrato acabou, o proprietário quis subir o preço, animado com a escalada dos aluguéis. Diante da iminente facada, Dany entregou-se ao desejo que nutria desde pequeno, quando vibrava com as aventuras de Jaques Cousteau na TV. Arrematou um veleiro com mais de 30 anos e começou a morar nele, enquanto o reformava aos poucos.
— Às vezes, estou lendo num silêncio total e é o barulho de uma tainha pulando na água que me distrai. Aqui as coisas têm um outro tempo — explica ele, que recentemente foi aprovado no rigoroso exame para capitão.
Nos últimos anos, a presença de cardumes de peixes e até mesmo de tartarugas marinhas de porte médio vem surpreendendo os habitantes da Marina, um sinal de que ainda há salvação para a Baía de Guanabara. Após chuvas mais fortes, porém, o cenário se transforma, com ratos mortos e preservativos trazidos pelas tubulações de esgoto.
Nome de barco tem simbolismo para o dono. Amante de Guimarães Rosa, Dany batizou seu veleiro de Sagarana, neologismo que mistura germânico antigo com um dialeto indígena e dá nome ao célebre livro do autor.
— A ideia inicial era chamar de “A Terceira margem do Rio” (título de um dos contos de Sagarana). Só que eu logo vi que, por ser muito grande, não soaria bem no rádio transmissor — explica Dany, que também trabalha fazendo excursões em seu barco para destinos como Ilha Grande e Ilhas Cagarras.
No fim de semana, é difícil encontrar marinheiro só por ali. Os cerca de dez donos de barcos que vivem na Marina costumam se reunir com outros marujos mais esporádicos em churrascos e passeios marítimos. Vez por outra, a administração promove regatas em que os prêmios são descontos no aluguel.
— Cada píer é um pequeno universo. Isso aqui é meio Edifício Master, só tem figura — diz Dany, referindo-se ao prédio de Copacabana retratado num filme de Eduardo Coutinho.
Atualmente, estão atracadas ali dezenas de embarcações, que vão desde lanchas de passeio até o avantajado veleiro Lady Laura, do cantor Roberto Carlos, cuja tripulação também vive a bordo. Em setembro de 2009, o grupo EBX, de Eike Batista, adquiriu a concessão para administrar a Marina, cuja área é estrategicamente situada em frente ao Hotel Glória, que está sendo remodelado pelo empresário. O projeto de reforma da Marina, porém, ainda não saiu do papel e aguarda autorização definitiva do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Embora não seja obrigatório, é indicado que aqueles que pretendem viver em barco adquiram conhecimentos básicos de náutica. Além disso, a decisão geralmente depende de algum capital inicial. Um veleiro novo de 33 pés pode custar até R$ 200 mil. Um modelo usado e um pouco menor, à venda na Marina, está saindo por R$ 45 mil. Além disso, se o aluguel na Marina não é caro, o mesmo não se pode dizer da manutenção.
— Um barco legal e confiável é caro. E os reparos são rotineiros — diz o designer gráfico Sérgio de Garcia, na Marina desde 1993.
Sérgio decidiu morar num barco quando vivia a ressaca de uma separação amorosa. Com a ajuda de um funcionário que faz bicos por ali, ele aperfeiçoa continuamente o seu veleiro. Há pouco tempo, instalou uma antena da Sky com sinal HD e uma TV de tela plana em um dos dois cômodos do barco, que chama de “salão”. Parte da energia é acumulada por uma placa solar.
O melhor de viver em barco, diz, é a sensação de liberdade da qual usufrui.
— Morar aqui me dá autonomia e distanciamento intelectual em relação à cidade. É uma vida alternativa, à margem do sistema.
Há poucos minutos dali, o escritório de Sérgio no Centro é a base onde lava, passa roupas e guarda algumas poucas coisas que não cabem no barco. Morar num espaço restrito, diz, nos ensina que não precisamos de muito. O nome que deu ao barco, Terra Firme, representa a maneira como se sente a bordo.
— O meu lar é aqui no barco, no mar. Essa é a minha terra firme, não ali na cidade — diz Sérgio, que veleja desde os 9 anos e, em 1976, participou de uma expedição até a África do Sul.
Casados há cerca de um mês, Luana e Victor Daher dividem, desde então, o veleiro Das Flieng Papier, cujo interior mede 4,8 metros de comprimento. Junto com eles, há ainda o pequeno Giovanni, de 9, filho do primeiro casamento de Luana. Oceanógrafo, Victor já morava na Marina há cerca de dois anos. Deixou um apartamento na Lapa levando apenas o forno de micro-ondas e uma muda de roupas.
Seu primeiro barco chamava-se Parnaíba — homenagem a Santana de Parnaíba, sua cidade natal, no interior paulista — e era ainda menor. Para morar num lugar tão pequeno, conta, é preciso ser um arrumador incansável. Acostumado a construir galinheiros e cocheiras na fazenda onde foi criado, Victor restaurou o Parnaíba, que havia comprado por R$ 7 mil. Viveu ali por um ano, até que um antigo vizinho da Marina ofereceu o Das Fliengpapier.
— Digo que a casa é pequena, mas o quintal e a piscina são imensos — brinca.
Na noite anterior, a família havia custado a pegar no sono por conta de uma festa na vizinhança. Os decibéis abusivos de saveiros alugados e barcos turísticos são uma das maiores queixas de quem mora por lá. Por isso, há alguns meses a administração passou a multar embarcações que ligassem o som alto nas proximidades da Marina.
Com pesar, Victor informa que o Das Fliengpapier está à venda, pois dentro de algumas semanas a família se muda para a França, onde ele irá trabalhar numa estação meteorológica por seis meses. Na volta, pretende comprar um barco com mais espaço.
— Já apareceu um cara interessado no Das Flieng, senti uma dó no coração — conta.

Celular é Hora Extra

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Uso do celular após expediente é hora extra.

A medida que comprova o uso do aparelho depois do expediente como hora extra foi aprovada nesta sexta-feira pelo TST.
 

Trabalhadores poderão exigir salário extra por trabalhar fora do expediente ao celular / Aleksandr Markin/Shutterstock
Em sessão de alterações na sua jurisprudência, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) aprovou, nesta sexta-feira, mudança na redação da Súmula 428, que trata do regime de sobreaviso. Pelo novo entendimento, o trabalhador que estiver submetido ao controle do empregador por meio de celulares e outros meios de comunicação informatizados, aguardando a qualquer momento um chamado para o serviço durante seu período de descanso, tem direito ao adicional de sobreaviso, correspondente a um terço da hora normal.

A mudança preencheu uma lacuna na redação anterior da Lei 12.551 que não caracterizava este regime. Com a nova redação, o regime de sobreaviso passa a ser caracterizado quando o empregado estiver submetido ao controle do patrão por meio de instrumentos telemáticos e informatizados (pagers, BIP, celulares, etc.), aguardando a qualquer momento um chamado de serviço durante o seu horário de descanso.

A revisão é resultado das discussões da 2ª Semana do TST, iniciada na segunda-feira (10). "O TST realizou, ao longo desta semana, uma detida reflexão sobre sua jurisprudência e sobre medidas de cunho normativo visando ao aperfeiçoamento da instituição", disse o presidente do Tribunal, ministro João Oreste Dalazen, na sessão do Tribunal Pleno que oficializou as alterações.

"Recebemos inúmeras sugestões, centenas de propostas, sugestões e críticas dirigidas à jurisprudência, mas, dada a exiguidade de tempo, não foi possível examiná-las todas, ainda que muitas delas tenham a maior importância e mereçam toda a nossa consideração."

O tema ganhou repercussão com a aprovação da Lei 12.551, sancionada em dezembro de 2011 pela presidenta Dilma Rousseff, que modificou o Artigo 6º da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). A nova redação acrescenta ao Artigo 6º o seguinte texto: “Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio.”

Topless de Kate Middleton

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Kate Middleton aparece de topless em revista francesa

Segundo publicação, mulher do príncipe William tirou parte do biquíni para se bronzear em visita à França. Casal ficou 'triste e desapontado', disse porta-voz

Capa da 'Closer' e página interna com Kate Middleton de topless: "fotos que vão dar a volta ao mundo"
Capa da 'Closer' e página interna com Kate Middleton de topless:  "fotos que vão dar a volta ao mundo" (Reprodução)

"Oh my god!". A revista francesa Closer, especializada em celebridades, prometeu e cumpriu: depois de anunciar que tinha fotos de Kate Middleton de topless e iria publicá-las nesta sexta-feira, as imagens da mulher do príncipe William com os seios à mostra chegaram às bancas francesas. Com as fotos, tiradas na Provença, sul da França, durante uma segunda lua-de-mel do casal, tem início mais um escândalo da família real britânica, alarmada recentemente pelas fotos em que o príncipe Harry aparece nu durante uma farra em um hotel de Las Vegas, nos Estados Unidos.

A duquesa e o duque de Cambridge, que estão em turnê pelo sudeste asiático em comemoração ao Jubileu de Diamante da rainha Elizabeth II, souberam previamente da notícia durante o café da manhã, disse um porta-voz ao jornal britânico Daily Mail. Segundo a fonte, eles ficaram "obviamente tristes e desapontados" pela violação ao seu "direito à privacidade – especialmente em férias".  O porta-voz afirmou ainda que o episódio "fazia o relógio voltar 15 anos", em referência explícita à morte da princesa Diana, que morreu em um acidente automobilístico também na França, em Paris, quando era perseguida por paparazzi.

Kate e William, flagrados na intimidade
Kate e William, flagrados na intimidade.

A viagem romântica de Kate e William à Provença ocorreu na semana passada. Os dois se hospedaram na mansão do visconde David Linley, sobrinho da rainha. Nas fotos publicadas em cinco páginas, a duquesa de Cambridge aparece de topless à beira da piscina e abaixada enquanto William passa bronzeador nas nádegas da mulher. A editora da Closer, Laurence Pieau, afirmou no Twitter que Kate decidiu tirar a parte de cima do biquíni para "eliminar marcas (de sutiã) ao se bronzear". A editora disse ainda que o príncipe Harry se sentiria "menos sozinho" após a publicação das imagens. 
Apesar do escândalo recém-detonado, o casal real decidiu manter sua agenda durante a viagem à Ásia, que faz parte das celebrações dos 60 anos da coroação da rainha Elizabeth II. Resta saber o que a vovó de William, que este ano rebaixou o status de Kate, vai achar do topless da duquesa.

Casas dos Flintstones

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Já pensou em morar numa mansão ao estilo do desenho animado "Os Flinstones"? Por até R$ 6,3 milhões (US$ 3,5 milhão), uma delas pode ser sua. Tá sem grana? Então também dá para alugar!

Veja as duas mansões da "Idade da Pedra" que estão disponíveis para compra e aluguel pela imobiliária norte-americana Zillow, que tem forte atuação no mercado de mansões na costa da Califórnia.




A mansão acima tem glamour de sobra, mas conta com um banheiro só. No entanto, o preço do imóvel é alto porque a casa já foi do apresentador de rádio e televisão Dick Clark, famoso nos Estados Unidos nas décadas de 1960, 1970 e 1980, e por isso transpira cultura pop. O preço é de R$ 11,3 milhões.



A casa lembra o recanto da família Flintstones principalmente por causa de seu interior, cujas paredes são irregulares, de pedras, com acabamento rústico. Apesar de lembrar a casa da "Idade da Pedra", o imóvel não deixa de ser sofisticado. 


A casa tem uma visão de 360º para o Oceano Pacífico, a Ilha Canal, as Montanhas Boney e para o Vale Serrano, nos Estados Unidos. Dá para reunir os amigos em um ambiente exótico, de frente para o mar californiano.  



A mansão fica no topo de uma montanha, que tem um cenário muito influenciado pela posição do sol conforme o dia. Por isso, o imóvel chama a atenção pela conexão com a natureza. Aqui, você vê uma das salas do imóvel. 


Uma mansão baseada na "Idade da Pedra" não é suficiente? Temos outra! Em Carmel, na Califórnia, também existe uma mansão Flintstones à venda, esta mais barata.

Por R$ 6 milhões, a casa tem cinco quatros e quatro banheiros, e se parece com a mansão de Malibu quando percebidas as paredes irregulares.


A casa está disponível para compra há seis anos e só é vendida se for no preço que os vendedores pedirem. Na verdade, o mercado de mansões de luxo norte-americano atravessa crise desde 2008 e os preços caíram desde então. Muitas mansões estão sendo vendidas por menos da metade do valor original. 




Ao contrário da mansão de Malibu, a Seashell House, em Carmel, "desemboca" no mar, logo após um jardim.

William e Kate Middleton Grávidos

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 De acordo com informações divulgadas pela revista "Star", Kate Middleton e o Príncipe William estão esperando o primeiro herdeiro.

A Duquesa de Cambridge já está certa da gravidez, mas o casal, provavelmente, vai esperar até o segundo mês de gestação para anunciar a novidade oficialmente. 


"Alguns amigos do casal disseram que Kate está certa de que dessa vez aconteceu e que, apesar de fazerem segredo sobre a novidade, os dois estão pulando de felicidade", disse uma fonte ouvida pela publicação.

Ainda segundo essa fonte, Kate começou a perceber que algo estava diferente depois de uma noite de amor em uma casa de campo alugada no País de Gales, logo após o fim das Olimpíadas de Londres.

No entanto, a reportagem afirma que o anúncio formal da gravidez deverá ser feito pelo porta-voz do Palácio de Buckingham somente depois que o ginecologista responsável pela saúde da família real se certificar de que a saúde e a gravidez de Kate estão em perfeito estado.

Segundo a "Star", Kate está torcendo para que seja uma menina para dar o nome de Diana, em homenagem à mãe do príncipe, que morreu em um acidente de carro em 1997.

William e Middleton se casaram no dia 29 de abril de 2011, em uma cerimônia que parou o mundo.